top of page

Patrocinadores

WhatsApp Image 2020-06-20 at 19.43.01.jp
Foto do escritorJota Jorge

Música de hoje e sempre - "Futebol da Bicharada", por Rolando Boldrin

A notícia triste que tivemos recentemente foi a morte de Rolando Boldrin. Um gênio, a personificação de nossa cultura. Boldrin já foi homenageado por nós, e graças a Deus em vida, no "Conheça o Craque". Mas hoje quero prestar uma homenagem ao Rolando Boldrin "contador de causos" e cantor. Em 2013 num dos programas "Sr. Brasil" (aliás nunca um nome de programa foi tão apropriado), nosso monstro da cultura contou mais um de seus "causos" e cantou uma música muito alegre chamada "Futebol da Bicharada" de autoria de Raul Torres. Curta esse vídeo delicioso com uma das maiores senão a maior personalidade de nossa cultura!Vá em paz, Rolando Boldrin! Muita luz no seu caminho!

Letra

Lá no arraiá das coruja fizero dois cumbinado

O time do quebra-dedo, e o time do pé-rapado

A bicharada reuniu, formaro logo seu quadro

Nóis fumo vê esse jogo, por sê um jogo falado


A bicharada pediu pro jogo sê irradiado

Na estação du lugá, PRJ-Bichado

O ispriqui era o jumento, rapaizinho apreparado

As quinze hora da tarde o jogo foi começado


O time do quebra-dedo tinha fama de campeão

Sapo jogava no gol, béqui de espera o leão

Cavalo o béqui de avanço, o arco esquerdo preá

Veado de center-arco, arco direito o gambá


A linha tava um perigo, na meia jogava o rato

No centro jogava o tigre, na otra meia o macaco

Na esquerda jogava o bode, direita jogava o gato

E pra atuá di juiz, foi convidado o lagarto


Boa tarde senhoras e senhores

Ai que bicharada gorda, barbaridade


O tigre deu a saída, coelho foi pra tirar

O tigre passô pru bode, mais quando ele foi chutar

Puxaro a barba do bode, o bode foi recramar

Juiz falô que num viu, cachorro já quis brigar


A cabra muié do bode, xingô o juiz de ladrão

Torcida do quebra-dedo fizéro recramação

A capivara e a cotia pegaro a xingá o leão

Preguiça dava risada, de vê o sapo de carção


Largato que era o juiz, na hora dele apitar

Tinha engulido o apito, num pôde o jogo parar

A torcida entrô no campo, de pau, de faca e punhar

O pau cumeu direitinho, mataro três no lugar


O bode ficô ferido, mataro o béqui leão

Rasgaro a saia da cobra, cavalo quebrô a mão

O sapo saiu correndo, jogou-se no riberão

Por que na hora da briga ele ficou sem carção


O jogo num terminô, pur isso ficô empatado

Agora nóis vai falá, do center-arco veado

Nervoso ele dizia, entre suspiros e ais


Ai meu Deus do céu qui jogo bruto, meu Deus, que estupidez

Assim num jogo, num jogo, num jogo mais

34 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commentaires


bottom of page